Vuillard

fevereiro 18, 2012

O grande pintor francês Édouard Vuillard (1868 – 1940), talvez o mais talentoso do grupo dos pintores Nabis  (termo hebraico para ‘profetas’).
Tinha genuína vocação para o decorativo, sem que este termo tenha algo de pejorativo.
Alguns de seus belos trabalhos podem ser vistos nestes links:
http://www.abcgallery.com/V/vuillard/vuillard.html
http://www.abcgallery.com/V/vuillard/vuillard-2.html

Clicando nas imagens, elas ampliam.


Saphadezas na Belle Époque

janeiro 31, 2012

Tendemos a achar que no tempo de nossos bisavós todo mundo era cheio de pudores. Mas não, alguns deles cultuavam um lado, digamos, ‘levado da breca’  (ver o sentido da expressão em http://palavraseorigens.blogspot.com/2010/08/uma-palavra-da-breca.html ).

Abaixo, links para desenhos de Henrique Alvim Correa (1876 – 1910), os mais safados foram feitos sob o pseudônimo ‘Henri LeMort’. Ele migrou para a Bélgica aos 16 anos de idade e lá fez as ilustrações da edição belga de 1906 da obra de H.G. Wells ‘A Guerra dos Mundos’.

Clicando nas imagens, elas ampliam:

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_obras&cd_verbete=548&cd_idioma=28555

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_obras&acao=mais&inicio=1&cont_acao=1&cd_verbete=548

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_obras&acao=mais&inicio=9&cont_acao=2&cd_verbete=548


Mais pintores brasileiros

janeiro 24, 2012

Se você estiver na cidade do Rio de Janeiro e quiser comprar um livro sobre Cézanne ou Van Gogh, basta dar uma rodada pelas livrarias. Outros pintores são mais difíceis de achar, como Delacroix ou Goya. Alguns outros são virtualmente impossíveis, só podem ser encontrados usados em sites como o http://www.estantevirtual.com.br , ou, em último caso,  importando pela amazon.com
O mais triste é que livros sobre a maioria dos pintores brasileiros de 1850 até 1950 são dificílimos de achar por aqui. E olha que estamos falando da segunda maior cidade do país, capital da colônia de 1763 a 1806, capital do Império Português (na época da vinda de Dom João VI, 1806-1821), capital do Brasil de 1822 a 1960 (período do Império e da República), antiga sede da Academia Imperial de Belas Artes – a primeira escola de arte do país – e do Museu Nacional de Belas Artes.
Ou seja, é uma vergonha o desinteresse do público e a falta de uma política que levasse empresas privadas e governo a investirem para divulgar um pouco mais os nomes do passado. Uma rara exceção é o site do Itaú Cultural – http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm , que apesar de algumas lacunas, ao menos demonstra uma vontade de apoiar a divulgação cultural.

Seguem alguns links onde se pode ver trabalhos de pintores brasileiros da virada do séc. XIX para o XX:

http://www.eliseuvisconti.com.br/Catalogo/Tecnica/1/Pinturas-a-oleo.aspx

http://commons.wikimedia.org/wiki/Oscar_Pereira_da_Silva

http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:João_Timóteo_da_Costa

http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Arthur_Tim%C3%B3theo_da_Costa

http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Rodolfo_Amoedo

http://commons.wikimedia.org/wiki/Henrique_Bernardelli


O péssimo estado das calçadas no Rio de Janeiro

janeiro 8, 2012

Ao me confrontar pessoalmente, pela enésima vez, com o problema, preferi usar o twitter para falar da questão:
https://twitter.com/mauricioasodias/status/155965960048738304
https://twitter.com/mauricioasodias/status/155966555522482176
https://twitter.com/mauricioasodias/status/155966945122975744

(se alguém quiser retwittar, agradeço)

Sei que as cidades têm problemas muito mais graves que este – problemas como superpopulação, violência, trânsito e saúde pública caóticas, poluição, falhas no abastecimento de água potável. Mas o problema a que me refiro é tão banal e sua solução, teoricamente, tão fácil, que a constatação da não-solução deixa mais clara que em qualquer dos outros problemas a falta de vontade e/ou competência dos órgãos públicos.
Usando o Google, achei um vídeo que mostra que o problema não é exclusividade dos cariocas:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1710738-7823-FANTASTICO+PERCORRE+CIDADES+BRASILEIRAS+E+ENCONTRA+CALCADAS+EM+PESSIMO+ESTADO,00.html

Telefones para onde os cariocas podem ligar para reclamar das calçadas (se resolve ou não, confesso que não sei):

Subprefeituras do Rio

Centro     2224-2282
Zona sul     2511-5674
Tijuca     2571-1342
Ilha do Governador     3393-0753
Zona norte     3015-3123
Barra e Jacarepaguá     2431-1771
Zona oeste     3394-0928


O filme perdido de Woody Allen

dezembro 14, 2011

Por Mauricio O. Dias – comoeueratrouxa

Para quem baixa filmes com torrents, esta é uma boa dica: praticamente toda a filmografia de Woody Allen num torrent disponível aqui – todos sem legendas em português (mas dá pra procurar as legendas em avulso na internet): http://thepiratebay.se/torrent/6766008/The_Woody_Allen_Movie_Collection

Além das obras conhecidas pelo público, há também filmes raros de/sobre Woody Allen.
Sounds from a Town I Love‘, curta de 3 minutos feito por W.A. para TV em 2001, onde um bando  de gente anda pelas ruas de – onde mais? – Manhattan tendo as conversas mais estapafúrdias ao celular.
Woody Allen: A Life in Film‘, documentário de 1h28 feito por Richard Schickel em 2002.
Este mesmo torrent promete conter também ‘The Harvey Wallinger Story‘ (também chamado ‘Men of Crisis‘), especial feito por W.A. para TV em 1971, com 25 minutos de duração. Trata-se de uma sátira ao governo do então presidente Nixon. Curiosamente, a TV que iria exibi-lo era a PBS – Public Broadcasting Service, uma emissora pública e sem fins lucrativos, que subsiste basicamente de verba do governo – espantoso que uma emissora destas proponha-se a fazer uma paródia do presidente ainda em exercício do país (O escândalo Watergate – o qual iniciaria o processo que posteriormente levaria à renúncia de Nixon – só aconteceria em junho de 1972). Mas, infelizmente, o filme que consta do torrent  é apenas um vídeo de menos de um minuto , explicando que o especial jamais foi ao ar, por medo dos diretores da rede de que esta viesse a sofrer cortes na verba. É o mesmo vídeo que pode ser visto no youtube, no link http://www.youtube.com/watch?v=L5B2IqD30gc

Ele sugere que ‘The Harvey Wallinger Story‘ era um ‘falso documentário’ (um ‘mockumentary’ junção dos termos em inglês ‘documentary’ e ‘mock’ – o qual significa deboche, imitação zombeteira).  Assim, o especial de 1971 já continha algumas das idéias que seriam depois aprofundadas por Allen no seu clássico ‘Zelig’ (feito em 1983).

Se alguém souber onde ‘The Harvey Wallinger Story‘ pode ser visto on line na íntegra, favor avisar nos comentários – eu procurei bastante, e os comentários abaixo do vídeo no youtube afirmam só ser possível encontrá-lo num centro de mídia dos EUA, o http://www.paleycenter.org, para o qual cheguei a mandar um email (gentilmente responderam-me que, sim, possuem uma cópia, mas não podem reproduzi-la;  só pode ser assistida in loco na instituição, que dispõe de sedes em Nova York e Los Angeles).

E aqui neste outro link tem uma entrevista de 25 min que Jean-Luc Godard fez com Woody Allen em 1986 (também sem legendas em português): http://www.dailymotion.com/video/xg1hk_meetin-wa-1986_news

A entrevista é intercaladas com algumas tentativas de vídeo-arte do diretor francês. Foi uma encomenda do Festival de Cannes, onde naquele ano o filme ‘Hannah e Suas Irmãs’ havia sido selecionado como hours concours.

No ano seguinte Allen trabalharia como ator num filme de Godard, ‘Rei Lear’ – o qual não é uma adaptação do texto de Shakespeare, mas uma divagação/fantasia sobre o fim da arte num mundo contaminado por radiação nuclear.

Adendo em julho de 2014: O filme a que este post se refere caiu na rede, até o presente momento pode ser visto no link

https://www.youtube.com/watch?v=1fnm7LVB3mY


Desencanto

dezembro 5, 2011

Impressionante como em algumas ocasiões, um trechinho curto de um texto pode ser tão revelador. Mas sendo o autor o grande Honoré de Balzac, fica mais fácil entender.

O referido techo foi selecionado pelo meu velho amigo Marco Antonio Barbosa, em seu blog.

Há uma frase nele que talvez devesse ter sido traduzida de outra forma:
Para viver, vendo as entradas que os diretores desses teatros me dão para recompensar minha ‘boa vontade’ na crítica e os livros que as livrarias me mandam e dos quais devo falar. (…)

Talvez ficasse melhor assim:
Para viver, sigo vendendo as entradas que os diretores desses teatros me dão para recompensar minha ‘boa vontade’ na crítica e os livros que as livrarias me mandam e dos quais devo falar. (…)

Assim elimina-se qualquer possível confusão entre os verbos ‘ver’ e ‘vender’. Mas é uma análise tão crua e demolidora, algo que só um talento grandioso pode produzir. O link para o trecho é:

http://fubap.org/telhadodevidro/?p=2933


Tentando ser bilingue ao falar de cinema

dezembro 2, 2011

I’ve written a few things about the film ‘The Usual Suspects’, 1995. The English version of the text can be read here: https://comoeueratrouxaaos18anos.wordpress.com/some-thoughts-about-the-usual-suspects

Escrevi algumas coisas sobre o filme ‘Os Suspeitos’ (‘The Usual Suspects’, 1995). O que me levou a escrever sobre ele está explicado no texto. A novidade é que escrevi duas versões do mesmo, uma em inglês e outra em português. O texto em português pode ser lido aqui: https://comoeueratrouxaaos18anos.wordpress.com/consideracoes-sobre-os-suspeitos


Diferentes épocas e parâmetros

novembro 17, 2011

Por Mauricio O. Dias – comoeueratrouxa

Estou relendo com grande prazer ‘Chega de Saudade’ de Ruy Castro. O livro mostra um recorte específico da história da música popular brasileira, dese os anos 1940 até mais ou menos 1970, focando no samba-canção e, claro, na Bossa Nova. Seria uma visão da música popular brasileira ‘sofisticada’: não se interessa pelos ídolos das massas, Emilinha Borba, Marlene, etc. Roberto Carlos só é mencionado porque em seu início de carreira teria tentado imitar João Gilberto.

O texto é saboroso, alternando muita pesquisa e entrevistas com sacadas e humor. A grande diferença em relação à primeira vez que o li, em 1993, é que agora conheço muito mais do gênero musical em si, já que muitos discos dos vários artistas citados não estavam disponíveis à época, e hoje podem ser encontrados com o clique de um mouse. Mas este texto não é só para elogiar uma leitura prazerosa.

Já falei várias vezes neste espacinho virtual contra o politicamente correto, como em:

https://comoeueratrouxaaos18anos.wordpress.com/2010/11/04/mais-de-50-anos-dedicados-ao-entretenimento

No entanto… Voltando ao livro de Ruy Castro, quero destacar um trecho. Se encontra na pág 133, parágr. 3:

A chegada de Ronaldo Bôscoli, em 1957, alterou a paisagem no apartamento de Nara. Ele levou a tiracolo seu amigo Chico Feitosa (…). Os dois se espremiam num quitinete na rua Otaviano Hudson, em Copacabana, a qual abrigava ainda um crioulo, Luiz Carlos ‘Dragão’, de profissão indefinida .”

Foi publicado em 1990, o que, apesar de decorridas mais de duas décadas, não é tão longínquo assim. Não estamos comentando algo de 1920. O termo ‘crioulo’ jogado assim, num livro de não-ficção, sem ser uma citação a uma fala de um entrevistado, chocou-me pela ‘falta de cerimônia’. Lembro que, na mesma década de 1990, Paulo Francis – um dos ídolos de Ruy Castro – fez coisas bem piores em suas colunas de jornal.

Em outro trecho do mesmo livro, a repetição do mesmo termo ‘vulgar’ – agora no plural – se justifica. Ao relatar o processo de afastamento de Carlinhos Lyra da Bossa Nova, para dedicar-se ao ‘samba de raiz’ de Cartola, Nelson Cavaquinho e Zé Kéti, a obra apropria-se das reminiscências de alguém que presenciara um encontro entre os sambistas e Lyra, no apartamento deste em Ipanema:

O crítico musical e ‘jornalista José Ramos Tinhorão (…) lembra-se de ter-se divertido muito ao observar Nelson (N.  Nelson Lins de Barro, à época parceiro de Lyra na composição de canções) e Carlinhos sevindo cachaça e cerveja aos sambistas – porque era o de que os sambistas gostavam – enquanto eles próprios tomavam uísque. “Não lhes passava pela cabeça que os crioulos também pudessem gostar de uísque” – diz, rindo, Tinhorão.’ (pág. 346; parágr. 1)

Aqui o uso do termo ‘crioulos’ é para debochar do fato de que, por mais bem intencionados que fossem os anfitriões, aos olhos deles, a classe social/grupo étnico (conceitos diversos, mas que se fundem no imaginário das pessoas) dos convidados era determinante em suas preferências. Aqui, o uso do termo no livro me parece perfeitmente válido – se era válido seu uso por Tinhorão, é outra discussão; embora a mim pareça que sim, já que foi um depoimento em primeira pessoa, relatado informalmente ao autor, e sabe-se lá se ambos já tinham algum grau de convivência ou mesmo amizade.

Continuo sendo avesso ao patrulhamento politicamente correto, que muitas vezes procura chifre em cabeça de cavalo, também contribuindo para o fomento de uma indústria do ressentimento, que busca lucros via processos judiciais. Mas certos vícios – de pensamento e  lingüísticos – e a perpetuação de estereótipos não devem mais ser aceitos no séc. XXI.


La Mer

novembro 12, 2011

Eugène Isabey, pintor francês (1803-1886).
Nunca tinha ouvido falar, tomei ciência dele folheando um livro sobre marinhas.

Sei que já expliquei aqui como funciona a tecla F11, na linha de cima do teclado, a qual ao ser apertada permite melhor visualização das imagens (para voltar ao modo de exibição normal basta apertar F11 novamente).

Seus trabalhos podem ser vistos nos links:

http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Eug%C3%A8ne_Isabey

(uma vez na página, rolá-la para baixo)

e

http://www.bbc.co.uk/arts/yourpaintings/artists/eugene-isabey

http://www.bbc.co.uk/arts/yourpaintings/paintings/search/painted_by/eugene-isabey


Heróis

outubro 29, 2011

Segue o link para download  de um documentário americano fundamental feito em 2004/2005 e aqui exibido pelo Discovery Channel: ‘100 Greatest Discoveries – Medicine’ narra as maiores descobertas feitas pela humanidade no campo da medicina, desde o Renascimento.  As legendas em português não estão 100 %, mas foi o melhor que encontrei disponível.
É comovente, não consigo assisti-lo sem aplaudir em alguns momentos, vendo aqueles homens abnegados e determinados lutando para combater as enfermidades, o sofrimento e as mortes prematuras.

Deveria ser visto por todos – até por crianças a partir dos 10 anos, para que eles entendam que o padrão de vida que temos hoje, no qual elas já nascem inseridas, não é, como possam supor, um dado natural que sempre existiu; mas o fruto da soma de muitas suadas conquistas obtidas ao longo de séculos.
O documentário é parte de uma série, toda ela ótima, ‘As 100 maiores descobertas da humanidade’, com cada episódio dedicado a um campo da ciência: Física, química, astronomia, etc.
Mas este da medicina me parece o mais importante de todos, pelo enorme aproveitamento prático que decorreu das descobertas ali relacionadas.
Discovery Channel – 100 Greatest Discoveries – Episódio 07 – Medicina
http://www.dexterdownloads.net/2011/03/discovery-channel-100-greatest_9293.html
Página com links para download de todos os episódios
http://www.dexterdownloads.net/search?q=Discovery+Channel
Após terminar o download, rodar o Ccleaner pra limpar o computador de cookies e arquivos indesejados; pra quem ainda não tem, é um bom programa, baixar aqui: www.baixaki.com.br/download/CCleaner.htm